domingo, 14 de outubro de 2012

Diário de Bordo #31: Vivendo meio a Mochileiros



Vou contar um pouco da experiência de viver em um albergue.




No ultimo diário de bordo, relatei que eu já estava morando num Backpacker onde o meu amigo Valério havia encontrado vaga e um quarto só com dois lugares.
A questão é a seguinte: na maioria dos albergues encontram-se pessoas que estão apenas de passagem, querem acomodações baratas, possibilidade de fazer amizades e uma localização que possa lhes dar a oportunidade de se locomover na cidade com o menos custo possível. Além do que, por conta desses detalhes, a maioria dos quartos são pra de quatro a oito pessoas no mesmo espaço. Existem albergues com mais dez camas no mesmo dormitório. Barato! Mas muita gente.
Bom, estávamos morando na Kings Cross, o que eu posso comparar com uma mistura de Guaicurus com a rua Piuhm-i, se fosse em BH. Ou seja, um lugar com muitos bares e baladas, mas também com muitas, digamos, moças-a-trabalho. No entanto o albergue onde estávamos morando ficava na rua de trás da bagunça e às vezes nem percebíamos que estávamos morando no meio de tanta bagunça devido ao sossego daquela rua.
Escolhemos um quarto em que pudéssemos ter privacidade e local para descanso, uma vez que ambos já estávamos trabalhando e com foco em Sydney.
Mas como a diversidade é muito grande e a maioria das pessoas ali estão de passagem pra conhecer a cidade e em seguida continuar a viagem, tem programação todos os dias. Todo o dia à noite tinha uma balada pra ir. Sempre com entrada gratuita e uma bebida gratis.
O ponto positivo nisso tudo é o fato de que o albergue é um ambiente social em que podemos conhecer um mundo de gente diferente e ainda fazer boas amizades.
Mas acontece de tudo: gente chegando bêbada de madrugada, trocas de quartos no meio da noite, festas privadas em outros quartos, comemorações das vitórias durante as Olimpíadas, cozinhando comunitariamente, briga com expulsão de um dos moradores, ambulância para socorrer uma garota passando mal… isso tudo em apenas 5 semanas morando no Backpacker.
Intenso! Mas é tempo suficiente pra se viver em um albergue. Mais que isso é loucura eu acho. Mas uma experiência muito válida, ainda mais pela diversidade cultural.
Só fui falar português dentro do albergue com a chegada do meu primo aqui em Sydney, que veio pra ficar no mesmo local até encontrarmos uma casa pra morarmos.
Mas isso é história pro próximo capítulo.
Logo mais tem mais.

See you!

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Um pouco sobre Sydney - A bit about Sydney

Já há um tempo não atualizo as coisas por aqui. Mas não foi por preguiça ou porque eu não tinha assunto. Na verdade é que as coisas aqui em Sydney são bem diferentes das coisas em Brisbane. Mesmo porque eu tive que começar quase tudo do zero e ainda ter que me adaptar a uma cidade 5 vezes maior que Brisvegas. O ritmo aqui é outro totalmente diferente. Mas já tenho uns tópicos pra comentar e atualizar em breve aqui no CAINDO NO MUNDO. Mas, por enquanto, vou deixar um vídeo que encontrei e conta um pouco sobre Sydney. No entanto, o vídeo é em inglês. Pra aqueles que quiserem se arriscar a praticar um pouco o seu listening, está aí uma boa chance.


For those ones who would like to understand and get to know a little bit about the amazing city of Sydney, I recommend the video attached above to be entertained  with this tour guide.
I have chose living here for some reasons, but I'm getting so into this city that is difficult to explain just with words.
Therefor, try to explain by yourself.

This is Sydney.

See you

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Diário de Bordo #30: Resumo da Ópera


Está aí! Este vídeo é um resumo das aventuras que vivi durante minha temporada de 7 meses e meio em Brisbane. Infelizmente não pude colocar todos vídeos que tenho, e que mostram várias outras aventuras, por problemas técnicos de incompatibilidade de arquivos com o software que utilizei.
Agora as novas aventuras serão em Sydney e espero em breve poder colocar tudo em um vídeo novamente.
Mais uma vez agradeço a todos aqueles que fizeram e ainda fazem parte desse sonho que é esta experiência maravilhosa de conhecer pessoas do mundo todo e ter que me virar pra poder fazer as coisas acontecerem!
Logo mais tem mais!


See you!

Diário de Bordo #29: Começando do Zero de Novo



(Sydney – New South Wales)


Bom, desde que cheguei em Sydney vinha morando na casa da Ju que me quebrou um galhão e deu a maior força pra mim e várias dicas sobre a cidade e onde são os melhores lugares pra poder encontrar moradia e até mesmo trabalho. Daí, passado uma semana, a Emily, housemate da Ju, havia saído de casa pra ficar uns dias na casa do namorado e me ofereceu o quarto dela por uma ou duas semanas, dependendo da minha necessidade. Mas, é claro, não de graça. Acabei pagando em torno de uns 60 a 70% do valor que ela paga pelo quarto. No final das contas foi até uma boa negociação, visto que a localização era ótima, ainda estaria morando com minha amiga que sempre me deu muita força e morando em um apartamento muito bom.
No meu segundo domingo de Sydney fui me encontrar com o Daniel do Valle, que estava praticando um pouco de fotografia no Chinese Garden. Lugar lindo bem no coração do centro da cidade.
Após várias fotos e uma boa caminhada, sentamos em um bar no The Rocks pra poder tomar uma cerveja. Mas como sentamos em um bar alemão, uma cerveja significa 1 litro de cerveja em um único copo. Hahaha! Sensacional!
Recebi uma ligação da Ju, enquanto ainda estava no bar, dizendo que o Rob Logan havia convidado a gente pra um jantar na casa dele.
Bom, só pra recaptular, caso eu ainda não tenha mencionado, um dos motivos de eu ter vindo aqui pra Sydney foi o fato de que sendo uma cidade maior a possibilidade de encontrar mais trabalho, inclusive em minha área de formação, é seria maior do que estando em Brisbane, e Rob é o amigo da Ju que tem uma agência de publicidade aqui, cujo fiz uns trabalhos pra ele em janeiro e existe uma possibilidade de trabalhar em uns outros projetos pra agência dele.
Por isso, assim que recebi a ligação da Ju falando do jantar, eu não poderia faltar de forma alguma. Não cheguei a comentar sobre trabalho até o momento em que ele mencionou o assunto e me chamou pra uma reunião no escritório dele no final da semana. Beleza! Contatos começando o funcionar.
Independente do que eu houvesse planejado em me inscrever em trabalhos pela internet ou até mesmo nesta oportunidade com o Rob, teria que continuar tentando trabalhos em hospitalidade, o que significa trabalhar em bares, restaurantes, pub’s e afins. É o tipo de trabalho mais fácil de se encontrar por aqui e o que pode garantir o pão nosso de cada dia. Daí, tive que fazer o RSA novamente, pois o que eu tinha feito em Queensland não vale para o estado de New South Wales. Mas tudo tem um propósito. Lá no curso, acabei conhecendo uma brasileira que mora aqui há 32 anos, foi casada, tem filhos aqui, já teve restaurante famoso em Sydney…enfim, uma pessoa muito interessante. Como ela tinha ido ao Brasil e ficou por lá os últimos dois anos, quando voltou pra cá e voltou a trabalhar para alguns amigos, ela teve que fazer o curso também para que eles não tivessem problemas com fiscalização.
No final do curso, acabei descobrindo que ela, a Kátia, conhece a Ju e fomos tomar um café após o curso. Ela me contou que seus filhos são donos de uma pizzaria e que iria me indicar pra eles pois eles precisavam de mais uma pessoa trabalhando pra eles. Opa!!! Sabia que as coisas não acontecem por acaso.
No dia seguinte já fui na pizzaria pra fazer um teste e treino. Bom que pude falar português com os filhos da Kátia, gente boa aparentemente, apesar de terem um pouco de dificuldade e sotaque forte, mas são bem rigorosos com o negócio deles. Não sabia ainda quanto iria receber, mas fiquei sabendo que ainda teria mais 3 dias de trabalho conforme um dos donos. Ótimo!
O problema foi que no final das contas, de todos os trabalhos que fiz na pizzaria, tirando as taxas e impostos, não pagam nada bem. Mas, no princípio tenho que me contentar com qualquer trabalho pois o negócio é ter dinheiro.
Como a idéia agora aqui em Sydney é tentar encontrar mais possibilidades de trabalho e estar aberto para várias oportunidades, além de tentar juntar um pouco mais de dinheiro, resolvi fazer o curso para poder trabalhar em construção. Isso mesmo… ser pedreiro na Austrália. Mas, por aqui, paga-se muito bem neste tipo de trabalho. Mais até que em restaurantes e em alguns casos, mais até que em alguns trabalhos de escritório. Ééé!!! Isso mesmo!!!
Como o namorado da Ju, o Ben, trabalha em construção e havia me dito que em algum momento poderia rolar de trabalhar com a equipe dele, queria estar preparado para poder trabalhar e ganhar grana o mais rápido possível.
Bom, o curso é mais uma palestra sobre segurança no trabalho e certificar os alunos de que todos receberam as informações corretas para não correrem risco dentro dos locais de trabalho nas obras e que caso algo aconteça, o empregador terá como se defender de que o seu empregado recebeu as informações e estava ciente dos riscos de se trabalhar em construção. No final das contas foi bem interessante o curso, ainda mais que o professor foi bem animado, e ainda o cartão que vamos receber depois vai servir como identidade australiana. Ótimo!
No final da semana acabei indo na agência do Rob pra conversar com ele. Na verdade não vou trabalhar pra agência dele. Vou ajudá-lo em um projeto cujo qual necessita de conhecimentos em português para que tudo dê certo. Então, caso o projeto funcione eu ganho uma grana e caso não funcione, valeu pela experiência. Bom, bola pra frente!
Meus amigos Jeremy e Julian, franceses, vieram visitar Sydney por alguns dias e combinamos de nos encontrar e dar uns passeios por aqui. Coincidência foi que no meio backpacker em que eles estavam hospedados, estavam também o Diego e a Victória. No princípio da noite fiquei no bar do backpacker com eles pra socializar um pouco e saber das coisas de Brisbane. Mas na verdade a grande maioria da nossa galera que chegou aqui no final do ano passado já estão marcando de ir embora ou já se foram.
Minhas aulas já começaram por aqui na primeira semana de julho. As coisas parecem bem confusas e o curso mesmo a maioria da galera só se inscreve pra fazer pra poder prorrogar o visto. Sendo assim, não tem muita coisa boa pra fala, pelo menos por enquanto.
Como venho me inscrevendo em várias oportunidades de trabalho desde de que cheguei aqui, em uma dessas me ligaram e marcaram uma entrevista. Até fui lá, mas além do trabalho ser voluntário, é um programa que envolve custos. Não estou no momento pra ficar pagando nada agora. Mas a moça que me entrevistou me disse que gostou muito do meu currículo e vai pedir pra Diretora Chefe dela me ligar quando possível.
Meu amigo Valério Politanó, que trabalhou comigo em Brisbane, chegou já tem uma semana. Nossa idéia é ficarmos num backpacker por algumas semanas até encontrarmos um local pra morar.
Consegui um trabalho com o Ben em um pub que estão reformando. Acho que nunca me senti tão cansado na vida. O trabalho foi pesadasso. Pegando pedras, tijolos, tirando entulho, quebrando paredes…. Mas, a grana é boa. Por dois dias de trabalho $500.00 na mão. Se rolar mais trabalhos casuais assim por semana já dá uma segurada nas contas. Mas fiquei dolorido por 3 dias seguidos. Eita!
Eu estava marcado pra trabalhar na pizzaria no sábado, mas aí recebo uma mensagem dizendo que nnao era pra eu ir. Fiquei puto, né?! Mas a sorte é que a Márcia, amiga da Ju, me ligou dizendo que tinha uma oportunidade pra trabalhar num café dentro de um estádio. Peguei na hora pra não ficar sem grana, sem contar que é mais um contato de trabalho.
As coisas parecem que vão começar a aparecer por aqui.
Já estou no backpacker com o Valério, caçando mais trabalhos e local pra morar. Tudo questão de tempo.
Logo mais tem mais!

      See you!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Diário de Bordo #28 – Welcome Sydney


(Sydney – New South Wales)

Cheguei na maior cidade da Austrália. Só que ao contrário do ano passado, dessa vez é pra morar.
Vim com o intuito de encontrar um trabalho na minha área e ter novas experiências, com novo curso, nova vizinhança, nova casa, novos housemates… tudo novo.
A princípio vim pra ficar na casa da minha amiga Juliana por algumas semanas. Ela sempre me deu a maior força por aqui e tem me ajudado bastante a encontrar o primeiro trabalho e um lugar pra morar.
As coisas têm se apresentado relativamente positivas. Mas, como bom mineiro que sou, só vou relaxar assim quando trabalho e moradia estiverem resolvidos.
E frio…aqui é pouco. E ainda vai piorar.
Logo mais tem mais.

See you!

Diário de Bordo #27 – Minhas últimas semanas em Brisbane


(Brisbane – Queensland)

Após o término das minhas aulas maio eu teria um mês sem aulas para poder aproveitar ao máximo com os amigos e conhecer um pouco mais desta cidade, fazendo algumas coisas que eu ainda não tinha feito e tentando aproveitar algumas oportunidades.
Andei mais pelo centro da cidade, pelos parques…
Num desses passeios, fomos eu, Jéssica e Haryella pelo rio de Brisbane pra poder ver a cidade por outro ângulo. Tentamos dar uma de brasileiros no barco, usando nossos cartões de estudantes, pensando que nada iria acontecer. Daí, entram os fiscais de transporte publico e pedem nossas identificações. Só que minha carteira de estudante e a da Haryella estavam vencidas, por isso não podíamos andar em transporte publico com tarifa mais barata e o cartão da Jéssica estava vazio de créditos. Ou seja, todo mundo errado. Só que escapamos da multa uma vez que eu conversei com o fiscal, levei no papo, conversei numa boa e tudo. Daí o cara disse que adora futebol, que seu ex-técnico era brasileiro e tudo. Moleza pra nós. Mas, depois disso, não usei mais o meu cartão vencido. Hahaha! Ponto pra Austrália, fazendo a coisa certa e sempre conferindo e fiscalizando o transporte publico.
Conheci o Mount Cootha, que é como se fosse a praça do Papa em BH. A vista mais alta da cidade. E como é linda a cidade que escolhi pra morar na Austrália. Uma vista fenomenal onde dá pra ver o quão verde ela é, e ainda proporciona um linda vista das duas ilhas logo em frente de Brisbane, Moreton e Stradbroke Island, além do aeroporto, área industrial e grande parte do imenso rio Brisbane. E pra subir lá eu e a Rachel fizemos uma trilha bem bacana, de 1,5 km, onde várias pessoas faziam o mesmo. Em seguida, passamos no jardim botânico e observatório da cidade.
Como desde que cheguei aqui na Austrália nunca tinha visto se quer ao menos um Canguru, combinei com a Jéssica, Haryella e Silvia de irmos ao Lone Pine Koala Sanctuary pra poder vermos alguns bichos estranhos, além do próprio Koala e alguns Cangurus. O parquet, que funciona como um zoológico foi criado pra poder tratar de Koalas e poder preservar a espécie. Não vimos a apresentação das aves de rapina, que me disseram que é muito boa, por termos chegado um pouco atrasado, mas podemos ver o tamanho das aves e como são bonitas de perto, pois as tratadoras estavam com elas em seus braços. Mas conhecemos uma brasileira perdida sozinha por lá e já fomos logo fazendo amizade com a Renata. Os Canguros são muito figuras. Existem e várias espécies de Cangurus, mas pra mim eram quase todos iguais. Vi também o Ornitorrinco. Confesso que achei que seria do tamanho de uma foca, mas é bem pequeno. Pequeno também é o Demônio da Tazmania. Mas o bicho é feio, muito nervoso e faz um barulho aterrador. Mas os Coalas são muito bonitinhos. Parecem de pelúcia, mas a garra deles é muito forte. Até tomei um ‘peitinho’ de um quando fui tirar foto com ele.
Comprei tickets também pra ir no jogo classificatório pra copa do mundo: Austrália vs. Japão. Engraçado como as coisas são por aqui, pois australianos realmente não ligam muito pra futebol. Mesmo numa cidade como Brisbane onde fica o time campeão de futebol da Austrália. Ainda caberia mais umas 20 mil pessoas no estádio. Mas o jogo foi bem morno. Japão jogando muito mais técnico e a Austrália parecia jogar pelada das ruins. O final foi 1 x 1. Mas o mais ridículo foi o juiz apitar uma falta no final do jogo, deixar o Japão ajeitar a bola, se preparar, arrumarem a barreira, o goleiro preparado, todo mundo esperando a batida, útlima jogada da partida e…. O juíz apita o final do jogo. Que ridículo!!! Se fosse no Brasil esse juíz não saia inteiro do estádio.
Antes de falar da minha despedida, não podia deixar de falar das minhas meninas: Haryella, Graciane e Jéssica. Poxa… não poderia ter housemates melhores. Além de super atenciosas, animadas, engraçadas e carinhosas, foram companheirássas e ainda por cima, no meu ultimo dia em Brisbane, me fizeram um café da manhã, levaram pra mim na cama e ainda me deram um caderno de presente pra eu poder levar pro churrasco pra que os meus convidados e amigos pudessem assinar. Meninas, mais uma vez, amo vocês!
O churrasco em si foi muito bom! Com certeza tinham mais de 100 pessoas. Tudo bem que eramos eu a Marina e o Paulo César fazendo churrasco juntos, mas tínhamos vários amigos em comuns e só uns poucos eu não conhecia. Engraçado pensar que em menos de 8 meses eu pude conhecer tanta gente assim. Só convidados tinham mais de 200, sem contar os que não tinham facebook e que eu só convidei verbalmente. Poxa…não poderia me sentir mais feliz com tantos amigos e com tantas pessoas presentes. Queria agradecer cada um pessoalmente.
Agora é ver o que Sydney tem pra mim. Minhas amizades de Brisbane vão continuar com o passar do tempo, tenho certeza, mas novas experiências estão apenas por começar.
Logo mais tem mais.

See you!

Diário de Bordo #26 – Resumo de Maio


(Brisbane – Queensland)

Ficamos sem mais um companheiro na casa. E antes do Jorik ir embora, resolvi cozinhar um ultimo jantar em sua homenagem pra que ele pudesse ter uma boa lembraça dos seus housemates quando tivesse de volta na Holanda.
Daí entra uma moça muito figura, a Silvia. Não conseguia parar de rir de mim e da Gra e quando a gente disparava a rir, ela não aguentava e tinha que ir correndo pro banheiro fazer xixi de tanto rir.
Como a casa não dormia antes de 1 da matina e a Silvia é uma pessoa muito zen, não conseguiu seguir nosso ritmo e saiu em menos de duas semanas. Hahaha! A gente é foda!
Acreditei que as coisas no restaurante pudessem melhorar, pois começaram a me pedir pra fazer mais coisas e também pra comprar um abridor de garrafas, além do dono ter me perguntado se eu sabia trabalhar como bartender. Bom, como meu pai teve um bar e eu trabalhei com ele um ano inteiro e fazia coqueteis e drinks, sabendo a receita, estaria tudo tranquilo, uma vez que não precisava ficar jogando garrafas pra cima e ficar fazendo flair.
Porém, algumas coisas começaram a ficar meio chatas. De uma hora pra outra a gerente começou a me tratar de forma diferente e não me dizia ‘oi’ mais, era mais ríspida e só sabia reclamar. Comecei a achar que eles estava estressados por alguma coisa.
Como eu estava trabalhando no bar com outros dois bartenders, um cara e uma garota, que eram completamente retardados; não sabiam o que faziam, conversavam o tempo todo, folgavam nas minhas costas e não ajudavam hora alguma, acreditei que eles começaram a reclamar, uma vez que eu dizia não varias vezes pra eles. Aqui tem muito australiano assim. Eles podem dizer não, mas se ouvirem um não ficam P da vida. Comigo não! Não sou escravo de ninguém aqui.
Em consequência, passei a conversar mais com os meus verdadeiros amigos dentro do restaurante e que já haviam trabalhado em hospitalidade e serviços anteriormente e em outros países. Conclusão foi que ali, naquele restaurante, estavam fazendo muita besteira. Principalmente na gerência. O pessoal só queria saber de beber nas costas do dono, dar bebida de graça pra alguns clientes e o dono que é mais bobo ainda, nem sabia o que estava acontecendo.
Pelo que eu estava vendo aqui como as coisas aconteciam, parece que o sistema de serviço australiano em hospitalidade é resumido em “pressa”. Se você não fizer nada com pressa não é um bom serviço. Isso é muito idiota. Pois colocavam toda a equipe em stress e todo mundo começava a fazer bobagem.
Até que determinado dia, depois de tanto me encherem o saco e se acharem o máximo, resolvi sair no meio do trabalho sem dar nenhuma satisfação. Vim aqui pra estudar ingles e ter uma experiência bacana. Não acho que precisamos ficar nos sujeitando a má educação e super auto-estima de certos australianos. Principalmente porque eu sabia que eu fazia um trabalho excelente e que se eu não estivesse fazendo ou se eu parasse de fazer, o trabalho no bar ia virar uma bagunça. Daí, se acham que era tão fácil ou que eles não precisavam mais de mim, talvez devessem sentir um pouco como seria contar com o trabalho e não ter alguém bom o suficiente pra faze-lo. Deve ser por isso que a rotatividade de funcionários no restaurante é tão alta. Acho que gostam de gente que não trabalha. Por isso. Saí fora!
Mas, de tudo o que acontece por aqui na Austrália, tem sempre algo melhor que no Brasil. Um exemplo é o fato de que determinadas construções que necessitam usar parte da rua ou até mesmo interrompê-la são feitos à noite, quando o tráfego é bem menor ou quase nulo. Uma coisa muito inteligente e que o Brasil deveria aprender e usar com eficiência. Determinadas coisas me dão até vergonha. Pois me lembro do tempo que ficava parado na avenida Cristiano Machado enquanto estavam construindo o elevado Jacuí.
Porém tem seu lado ruim também se você está na vizinhança pois fizeram um barulhão danado pra poder montar o festival da Caxton Street que é na esquina da minha casa. Rolou festa o dia todo neste dia de domingo de festival. Muita comida, bebida, shows, competições….mas só vi em foto que a Jéssica e a Alice me mostraram, pois como fecharam a rua e eu tinha que trabalhar, tive que dar a volta no quarteirão pra poder ir pro trabalho. Foda!
Falando em festival, eu e a Haryella fomos no aniversário do Budah. Fizeram um festival em South Bank que comemorava o aniversário do Budah e mais sobre costumes asiáticos. Muito legal poder ver algumas danças típicas, roupas e a própria cultura.
De um festival pra outro, fui com a Rachel pro festival Grego, que estava rolando em South Brisbane, em frente ao Clube Grego que trabalhei no ano passado e comentei sore casamento grego e tudo. Muita comida e danças típica também, só que grego não é como asiático, então, dessa forma, também muito mais barulhento. Hahaha!
Bom, nesse meio turbulendo de final de abril e maio tive que voltar a estudar de acordo com o meu visto. Daí, depois de ter faltado dois dias na nova escola, a Viva, que também fica na cidade, começo a estudar num novo curso, o IELTS. Não tenho nem muito pra falar, apenas: CHATO PRA CACETE. Só fiz pois antes de vir pra cá tinha escolhido este curso pra fazer, mas que durante meu tempo na Browns, acabei optando por fazer o Cambridge. O IELTS só serve pra quem quer fazer o teste que leva o mesmo nome e que é o mais importante caso você queria estudar em universidade na Austrália ou entrar com pedido de cidadania/residencia junto ao departamento de imigração australiano. Se não….nem chegue perto. Chato. Muuuuito Chato! No entanto, a escola tem uma estrutura muito bacana e ótimos professores. Mas como fiquei muito pouco tempo, não tenho muito mais pra comentar.
Num dia em que estava de folga e puto com o trabalho, resolvi tomar umas com meu amigo Valério, que era o Bar Manager do Cabiria, o bar que fica ao lado do restaurante que eu trabalhava e que é do mesmo dono. Fomos beber umas e falar mal do trabalho, pois ambos estávamos putos da vida. Quando disse a ele que eu estava de mudança pra Sydney, o mesmo se empolgou e disse que estava com esta idéia, pois estava ficando cheio de trabalhar num lugar onde o próprio dono não está nem aí com o negócio que tem. Então, pra comemorar, resolvemos festejar no Down Under. Combinamos que conversaríamos mais sobre o assunto e que começaríamos a olhar as coisas pra acharmos um apartamento em Sydney além de trabalho e contatos.
Tive uma experiência muito ruim que não desejo pra ninguém que está longe da família. No mês de maio, enquanto vârias coisas estavam acontecendo comigo e planejando as coisas pra ir pra Sydney, recebi a notícia de que meu padrinho havia falecido. E a pior parte é quando nunca estamos esperando receber uma notícia dessas. Estar ou não no Brasil não iria mudar nada no acontecido. Mas estar longe da família e não poder dar um abraço, poder falar com a família, dizer e ouvir palavras que pudessem confortar, é muito ruim. Fiquei muito mal por não estar por perto. Isso eu não desejo pra ninguém.
Logo mais tem mais.

See you!

domingo, 3 de junho de 2012

Minha vigésima quinta semana na Australia: Ponto mais ao Leste da Austrália



(Brisbane – Queensland)



Diário de bordo 25


Combinei nesta semana de ir pra Byron Bay com a Mélanie. Como estavam acabando minhas férias, decidi que precisava fazer mais algumas coisas antes de voltar a estudar. Daí, como a Caroline ainda estava morando por lá, ficamos tentando fazer contato com ela pra poder nos encontrar e nos divertir um pouco.
Acordamos na terça-feira, mas com uma chuva muito chata. Decidímos que iríamos mesmo assim, pois cada um já tinha pagado $70 pelo transporte pra nos levar até lá. Bom, no final das contas, sempre rola de fazer alguma coisa do que ficar fazendo nada em casa.
Em Byron o tempo até que não estava tão ruim, apesar de não ter sol também, mas pelo menos não estava chovendo.
Enquanto tentávamos fazer contato com a Caroline, ficamos curtindo o visual da praia. Daí, como ela não atendeu, resolvemos dar uma volta pela cidade, que é bem pequena, e conhecer um pouco mais.
Como o tempo ainda estava colaborando, resolvemos fazer uma trilha que nos leva até o Farol, ponto mais ao leste do ilha principal da Austrália. Excepcional a vista de lá.
Tivemos alguns problemas pra achar um local pra passar a noite, pois queríamos algo não tão caro mas que fosse no coração da cidade, daí fomos numa agência que marca pousada para mochileiros que chegam por lá e a sorte é que com um atendente que fala português, ficou mais fácil pra trocar uma idéia com o cara.
Conseguimos falar com a Caroline já era noite, daí ela chamou a gente pra ir tomar umas na casa dela, pois um de seus amigos estava aniversariando, pra depois irmos pra uma balada.
O legal de Byron é que é uma cidadezinha com um astral muito legal. Tem sempre gente do mundo todo, lotada de backpackers, o que faz a população flutuante da cidade ser maior que a fixa. Daí, as baladas são fixas dependendo do dia da semana.
Após um breve aquecimento na casa da Carol, fomos para o Cheek Monkey, que é um restaurante, mas à noite vira uma balada onde as pessoas ficam em cima das mesas para dançar, uma vez que o local é pequeno e não tem pista de dança. Muito alternativa e com um astral muito legal.
No dia seguinte voltamos pra Brisbane pois eu tinha um compromisso do restaurante: degustação de comida; estavamos para provar todo o novo cardápio.
Em Byron o meu celular descarregou, de novo, e não conseguia ligar de jeito nenhum, mesmo dando uma carga. Fiquei muito puto e comecei a procurar um iPhone pra comprar. Mas…apesar de todo o esforço, resolvi prorrogar esta vontade de trocar de celular assim que o meu voltou a funcionar. Agora é não deixar morrer a bateria novamente.
Quinta-feira saí com amigos do trabalho e outros da ex-escola. Fazendo uma via sacra entre Peasant, The Fox e The Victory. Resultado, cheguei em casa às 6 da manhã. Bom…tinha que aproveitar minha última semana de férias.
Quando chego no trabalho e começo a fazer minhas coisas, vejo que a galera estava estranha e me enxendo a paciência, reclamando toda hora e só falavam merda. Comecei a ficar muito puto no trabalho e com preguiça de uma galera folgada que estava trabalhando lá, que só sabia puxar o saco da gerente e não fazia nada a não ser conversar e querer mandar. Daí, após o trabalho, eu e o Cris resolvemos tomar umas na varada da minha casa e conversar sobre os problemas do restaurante.
Comecei a achar que este pessoal é muito folgado e não sabe nada sobre atendimento a cliente e serviços.
No domingo, acordo com um barulho muito alto vindo da rua. Acordo e vejo que a porta esta aberta. Quando olho pra rua vejo que a Haryella e a Graciane estavam do lado de fora, vendo um monte de torcedores indo pro estádio. Era dia da final de Futebol do campeonato Australiano: Brisbane vs. Perth. Bonito foi ver que as torcidas, apesar de se provocarem, estavam dividindo o mesmo espaço sem brigas. Isso nunca aconteceria no Brazil. O resultado final foi a vitória de Brisbane Roar!!! Aee!!!!
Dia seguinte seria volta as aulas. Tinha que me preparar.
Logo mais tem mais!

See you!

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Final de Campeonato

Final do campeonato Australiano de Futebol. Brisbane Roar vs. Perth Glory. Essa parada foi do lado aqui de casa no último domingo. Acordei com as duas torcidas cantando e provocando uma a outra. Só aqui mesmo pra numa final de campeonato as duas torcidas passarem uma em frente a outra e nada de briga acontecer. Ahhh se isso fosse no Brasil!!!

Minha vigésima quarta semana na Australia: Não sei nada sobre Camping


(Brisbane – Queensland)

Diário de bordo 24

Eu achei que eu já estava melhorando das minhas zicas, quando na segunda-feira eu acordo com uma dor na axila. Negocinho chato que ficou me incomodando o dia todo.
Bom, como era feriado aqui na segunda e eu também não teria que trabalhar visto que o restaurante não ia abrir, eu estava pra ir pra Gold Coast, mas…como o Cesar Benitez havia descoberto o meu plano e da Helenita para fazer um churrasco surpresa pra ele, chamando os amigos de Brisbane, ele me ligou agradecendo, falando que tinha descoberto e que, por mais que a intenção era boa, que ele preferiu dar umas voltas em Gold e faze uns passeios com Helenita. À noite ele me convidou pra ir pra Moreton Island com mais uns amigos, como forma de comemoração do aniversário dele. Como o tempo estava bom e minhas férias estão pra terminar, topei fácil. Bora!
Bom…eu ainda não estava 100% da gripe e ainda tinha um fé dazunha de um cabelo incravado na axila que ficou me apurrinhando o tempo todo, resolvi ficar em casa na terça, passando e tomando remedios pra poder me recuperar e aproveitar bem a ilha.
Na terça a tarde fiquei no skype com o Cesar planejando a viagem para Moreton. Descobri que seria acampamento e que precisava levar barraca e comida. Tive que descobrir algum amigo que tivesse barraca pra emprestar ou encontrar alguma barata. Foi então que me lembrei que a Andressa tinha me falado que comprou uma e usou no feriado da páscoa. Liguei na hora e já fui logo abusando e pedindo emprestado.
Marquei de ir na casa dela à noite pra poder buscar a barraca antes de ir pro churrasco na casa da Mélanie.
Era um churrasco sem compromisso mesmo, uma vez que quando não temos muitas coisas pra fazer, ficamos entediados. Sei muito bem como é que a Mélanie estava se sentindo quando marcou esse churrasco, pois sem muitos compromissos e não tendo mais tanto ambiente social como ir pra aula, as coisas ficam chatas, ainda mais porque não vemos mais nossos amigos todos os dias.
Assim sendo, foi um churrasco tranquilo e com poucas pessoas, mais pra poder papear e sair um pouco de casa. No final, eu tinha que acabar voltando cedo pra casa uma vez que eu tinha que acordar no dia seguinte, arrumar minhas coisas e ir pro ponto de encontro pra poder ir pegar o barco pra ilha.
Como eu tenho o sono muito pesado, eu estava preocupado em não conseguir acordar, pois meu despertador tem hora que não faz efeito algum em mim. Daí, em um determinado momento, acordei no susto. Achando que fosse umas 10h da manhã já. Olho o meu celular e a bateria dele tinha acabado. Putz!!! Perdi a viagem. O César deve estar me ligando igual um louco e não consegue falar comigo. Vai ficar muito puto. Pensei tudo isso em menos de 15 segundos. O tempo de ligar meu computador e descobrir que eram apenas 8h50. Ahh…….!!!! Relaxei….
Arrumei as coisas com calma, fui pra estação, parei na outra estação onde era ponto de encontro, e….. cadê o Cesar? O cara que sempre me enxeu o raio do saco porque eu estava sempre atrasado era o que estava mais atrasado este dia. Deixou todo mundo pilhado, pois no bilhete da passagem do barco dizia que a gente tinha que estar meio dia lá. Já eram 12h e ele ainda não tinha chegado.
Quando ele chegou às 12h15, saímos correndo no carro do Nacho igual doidos. Mas chegamos a tempo. Ufa!!!
Mas lá chegando, ouvi o pessoal falando de quinta-feira, que ia dormir e voltar sexta…”Peraí?”, falei. “A gente não vai voltar amanhã?”. Daí o Cesar veio me dizer que falou comigo na segunda que a gente ia dormir 2 noites. Putz!!! Eu tenho que trabalhar na sexta. Mas me tranquilizaram pois o Nacho e a Coty também tinham que voltar e todos voltariam no mesmo carro. Ufa!!! (De novo)
A paisagem saindo de Brisbane e indo pra ilha é muito bonita. E o dia estava lindo. Na hora que chegamos no meio do caminho deu uma marola de leve e as meninas ficaram meio enjoadas. Mas se ficar olhando pro mar ou pra um ponto fixo muito próximo, dá um enjoo de leve sim.
Chegamos e ilha e vimos que nossa área de camping é bem em frente a uns navios atracados.
Era hora de montar acampamento e aproveitar um pouco a praia antes de o sol se por.
Não deu pra ver muito bem o por do sol por causa de algumas nuvens que o escondia, mas mesmo assim foi muito bonito.
Voltamos pro acampamento pra fazer nossa janta. Na verdade, quando vi que o Nacho e a Coty foram tirando panelinhas dobraveis, fogãozinho portátil, garfos, facas, colheres, pratos e copos, carnes, legumes e tudo o mais, além de duas barracas que já tinham montado, a deles e outra pro centro do acampamento, percebi que só minha latinha de atum, um pacote de tim tam e outro de wraps não ia fazer efeito algum. É…sou apenas um amador na arte de acampar. Ainda bem que estavamos bem acompanhados com profissionais. Mas o mais importante e que salvou a gente foi meu canivetinho suíço! Uhuu!!
No entardecer, interagimos com um jogo espanhol, cerveja, rum e coca-cola. Não eram nem 22h e já estavamos mais pra lá que pra cá, rimos muito e ainda fizemos amizades com vizinhos de camping. Mas nem vimos a cara deles direito pois estava escuro e no fim começou a chover.
Bom, eu, como amador na arte de acampar, não tinha levado nada para colocar no assoalho da barraca pra poder ficar mais macio. Daí, dormi sem nada mesmo. Inclusive sem barraca de dormir. É sério. Sou muito amador!
Pela manhã, vi que estava claro e como me virava muito por causa do chão duro, ouvi que tinha um bicho do lado de fora do acampamento. Não faço a menor idéia do que fosse. Deu pra perceber que ele andou um pouco pelo acampamento e que rodeou as barracas. Quando chegou na minha, percebi que cegou bem perto da minha cabeça e estava cheirando. Eu já estava com meu canivete na mão, aberto e pronto pra qualquer coisa. Até que….. o bicho foi embora. Dormi de novo.
Após os profissionais de camping fazerem um excelente café da manhã com direito a ovos mexidos e chá, fomos até o Tangalooma Resort, que é o único hotel da ilha e base para os turistas que vêem conhecer, ainda de ser base dos biólogos que tratam e cuidam dos animais da biodiversidade existente na ilha e na água ao redor da ilha.
Vimos uma apresentação sobre um pássaro típico daqui, que parece uma águia, e que a bióloga etava alimentando ele no momento.
Muito legal, pois ele pegava o peixe no ar e levava para o ninho, onde ficam os filhotes e a fêmea.
Foi a primeira vez também que vi pelicanos. São enormes e parecem bem pesados, pois não conseguem voar por muito tempo. São bem medrosos, pois toda vez que a bióloga jogava peixe pra eles e outros pássaros vinham perto, eles corriam. Muito engraçado.
Em seguida, formos curtir um pouco do sol na água cristalina da ilha.
E antes de voltar pro acampamento pra fazer nosso almoço, fui procurar preços de passeios de quadriciclo e as trilhas, mas o pessoal estava muito mais a fim de ficar por ali do que se aventurar ilha a dentro. Como eu estava de companhia, resolvi abortar as idéias e me entreter com a galera mesmo.
Depois do almoço e de um cochilo merecido, voltamos para o Tangalooma pra poder ver a alimentação dos golfinhos. E não são golfinhos em cativeiro. Eles simplesmente aparecem perto do deck em frente ao Tangalooma e os biólogos os alimentam.
Chegando lá vi que tinha algo na água. Quando perguntei o que era, uma das biólogas disse que era uma espécie pequena de tubarão. E estava ali, bem próximo de onde a gente tinha se banhado mais cedo. Coisa de uns 100 metros. Eita!
Em seguida vi que tinha mais um outro tubarão. E depois uma tartaruga. Quando de repente aparecem dois golfinhos. Muito bacana! E são enormes. Tinha muita gente pra ver isso. E antes da alimentação, cuja a plateia pode participar, começar, aparece o terceiro golfinho. Foi legal ver assim ao natural e saber que não estão presos e sim em seu habitat natural.
Quanto estávamos voltando pro acampamento, que era em media uns 25 minutos de caminhada do Resort, começa a chover. Fomos correndo pra não molhar muito. Quando a chuva cessou, foi hora de preparar a janta. O que foi a conta de jantar e ir pra barraca antes de começar a chover de novo.
Sexta-feira, café, desmontagem de acampamento, curtir os últimos minutos de praia e bora pra casa pois todo mundo tinha que trabalhar. Acabou a vida mansa.
Foi a conta de chegar em casa, tomar um banho, arrumar umas coisas, comer algo e ir pro trabalho, pois a partir dessa sexta, começaria uma hora mais cedo.
Depois do trabalho ainda tive que ficar fazendo uns contatos em São Paulo, pois estava tentando algumas coisas pro Rob, meu possível futuro chefe aqui na Austrália. E eu já estava morto depois de uma sexta-feira que havia começado cedásso. Mas nada melhor que ter um colchão pra dormir. Putz!!!
E a semana terminou com um after após o trabalho. Aonde? Na casa dos gerentes do restaurante. Hahaha!!!
Como a galera estava animada e ainda queria mais farra, o que eu podia fazer era acompanhá-los.
Minhas férias estão acabando.

See you!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Moreton Island: Na Costa de Brisbane

Em frente ao Tangaloma Resort na Ilha de Moreton. Água transparente, cheio de peixes e ainda descobri que à noite, neste mesmo lugar, tem alguns tubarões que costumam aparecer. Mas aparecem golfinhos e tartarugas também.


Navios atracados em frente ao acampamento que fiquei hospedado. Ainda com mais peixes e uma pequena barreira de corais por ali. Sempre tem grupo de pessoas fazendo snorkeling por lá. Bonito de mais!



Minha vigésima terceira semana na Australia: 4 Casamentos e 1 Despedida


(Brisbane – Queensland)

Diário de bordo 23

A minha tosse persistia e eu não conseguiu parar de tossir. Tive que ficar em casa pra poder me recuperar pra poder ir trabalhar, pois, a final de contas, alguém tem que pagar as contas.
Como fiquei em casa e estava em recuperação, fiquei o dia todo no computador. Daí vi uma mensagem no meu e-mail que fiquei muito feliz. Era o convite de casamento de dois grandes amigos meus de BH. Mesmo sabendo que eu não vou poder comparecer, eles fizeram questão de me enviar o convite. É bom saber que mesmo longe ainda temos amigos que nos querem por perto.
Daí, percebi que não tinha sido só o primeiro, mas seria o quarto casamento do ano. Não necessariamente na mesma ordem, mas no total de 4 casamentos de grandes amigos meus eu estava para perder este ano. O que me deixou um pouco triste, pois vou perder a festa. Hahaha!!! Brincadeira. Queria poder comparecer neste momento importante desses meus amigos. Daí me perguntei mais uma coisa também: “Quem vai vender a gravata dos noivos?”.
Terça-feira depois de ter trabalhado ainda gripado na segunda-feira, era hora de tomar um sol no nosso piscinão de ramos bem frequentando, South Bank. Era hora de sair de casa um pouco e tentar melhorar.
Em seguida fui até o Beach House pra poder comer alguma coisa e ter um pouco de vida social novamente. Só pra ver gente. No final, antes de ir embora, encontrei o brasileiro que trabalha lá e perguntei pra ele se ele havia encontrado minha jaqueta que eu havia perdido. Não sei se contei isso, mas no meu ultimo dia de aula, que tinha ido no Beach House com a turma, acabei esquecendo minha jaqueta na cadeira, e apesar de ter ido lá depois pra tentar recuperá-la, não tinha nada por lá parecido com a minha jaqueta. Daí, deixei pra lá. Por um tempo, pois uma das coisas que odeio é perder roupa. Ainda mais eu que não sou de comprar muito.
Assim sendo, quando perguntei pro Gabriel se ele havia visto ou se tinha alguma chance de alguém ter visto, adivinha??? Estava lá!!! Oooo maravilha! São Longuinho é um santo mesmo.
No dia seguinte, ainda doente, como não tinha muitas coisas pra comer em casa e não fiz compras, resolvi ir no restaurante que trabalho, que é do lado de casa, pra poder jantar por lá. Na verdade seria uma boa pra mim, pra conhecer um pouco mais do cardápio, uma vez que sempre tem algum cliente que me pede pra dar alguma sugestão. E também porque eu poderia convidar alguém pra ir comigo, bater um papo e ainda pagar só 50%. Hahaha! Comer num dos melhores restaurantes de Brisbane e pagar só a metade é bom de mais! E além do que tive a presença ilustre da minha mais nova vizinha, a Rowena. Que por sinal mora numa casa que mais parece uma pousada: 11 quartos, 2 cozinhas, uma sala de tv imensa, piscina… Quem me dera ter descoberto essa casa antes.
Quinta-feira, apesar de ainda não ter melhorado, fui em mais uma despedida. Agora da Patty. Mesmo esquema: churrasco no Roma Park, pós festa na casa de alguém, chegando tarde em casa. Mas vamos aos detalhes.
A Patty chamou todo mundo pra ir pro churrasco às 6h30. Óbvio que como todo brasileiro eu só cheguei uma hora depois. Chegando lá, cadê a Patty? Descobri que a menina estava fazendo uma tatoagem enquanto o churrasco estava rolando. E o pior!!!! Ela estava fazendo dentro do apartamento em frente ao Roma Park. Achei um pouco estranho, mas como a menina é meio maluquinha mesmo, resolvi ir interagindo com a galera antes dela chegar. Daí ela me chega no final da festa, quase antes dos seguranças colocarem a gente pra fora, de novo. Resolvemos ir pro 113 (apartamento onde rolam todas as prés, pós, durante e mesmo sem motivo algum) e extender a despedida por lá. Como eu e a Erin estávamos com fome, fomos comer antes de ir pro 113. Foi quando eu vi que todos os bares já estavam fechando, pois já se passava da meia noite, e como era véspera de feriado, os bares aqui são obrigados a fechar as portas e ninguém pode vender bebida alcoólica mais. Então, vi uma galera insandecida na rua caçando taxi pra ir embora. Nego se jogando no meio da rua. Como todos os lugares fecharam, todo mundo queria ir embora ao mesmo tempo. E parece que os Australianos, só porque era proibido beber depois da meia noite, resolveram encher mais ainda a cara o quanto aguentassem pra poder ficarem loucos antes da meia noite. É incrível como às vezes o comportamento deles é, às vezes, bem estúpido.
No 113 rolou o normal de uma festa de despedida. E como é sempre bom dar uma força pra galera que tá indo embora, fiquei de ir com a Patty até o taxi antes dela ir pro aeroporto. Sempre ruim ver a galera partindo.
Depois que deixamos a Patty no taxi, recebo uma ligação da Mélanie falando que ainda estava animada pra fazer alguma coisa. Daí me chega ela e a Júlia. O jeito era voltar pro 113. Mas aí a festa já estava quase no fim e só nos restou ficar por 30 minutos e depois caçar rumo de casa. Já estava ficando claro.
Na sexta, parecia que um furacão passou no restaurante. Não tive tempo pra beber água. É sempre assim em feriados e dias de jogo. Mas só trabalhei por quatro horas, pois era feriado e só era permitido vender bebida alcóolica se acompanhada de alguma refeição e sentado, apenas até as 21h.
Aqui na Austrália eles levam muito a sério esse esquema de bebida. Acho que pelo fato que eles se conhecem e sabem que os Australianos gostam bem de uma confusão quando estão muito bebados.
No sábado foi um dia de trabaho super tranquilo, pois acho que tinha muita gente fora da cidade, pra passar páscoa com família e aproveitar o sol que tinha voltado há umas semanas.
Tanto que no domingo, enquanto eu estava em casa, esperando pra trabalhar e me arrumando pra dar um pulo na igreja pra poder agradecer, rezar e conversar um pouco com Papai do Céu, me ligam cancelando. O que é foda! Pois ficar esperando pra trabalhar e ser cancelando sendo que você conta com aquelas horas pra poder aumentar seu pagamento e poder fazer umas coisas a mais…. Poxa!!! Mas… é a vida.
Daí, o jeito foi ir pra igreja direto. Chegando lá,…, FECHADA! Nunca vi igreja católica fechada em dia de Páscoa. O jeito foi conversar com Deus do lado de fora da igreja mesmo.
Por final, antes de mais um dia de feriado que estava por vir, pois aqui na Australia a segunda-feira após a Páscoa também é feriado, combinei de me encontrar com a Erin e o Mark, professor, pra poder bater um papo e, pra mim, praticar o meu ingles.
Feliz páscoa!

See you!