quarta-feira, 20 de junho de 2012

Diário de Bordo #28 – Welcome Sydney


(Sydney – New South Wales)

Cheguei na maior cidade da Austrália. Só que ao contrário do ano passado, dessa vez é pra morar.
Vim com o intuito de encontrar um trabalho na minha área e ter novas experiências, com novo curso, nova vizinhança, nova casa, novos housemates… tudo novo.
A princípio vim pra ficar na casa da minha amiga Juliana por algumas semanas. Ela sempre me deu a maior força por aqui e tem me ajudado bastante a encontrar o primeiro trabalho e um lugar pra morar.
As coisas têm se apresentado relativamente positivas. Mas, como bom mineiro que sou, só vou relaxar assim quando trabalho e moradia estiverem resolvidos.
E frio…aqui é pouco. E ainda vai piorar.
Logo mais tem mais.

See you!

Diário de Bordo #27 – Minhas últimas semanas em Brisbane


(Brisbane – Queensland)

Após o término das minhas aulas maio eu teria um mês sem aulas para poder aproveitar ao máximo com os amigos e conhecer um pouco mais desta cidade, fazendo algumas coisas que eu ainda não tinha feito e tentando aproveitar algumas oportunidades.
Andei mais pelo centro da cidade, pelos parques…
Num desses passeios, fomos eu, Jéssica e Haryella pelo rio de Brisbane pra poder ver a cidade por outro ângulo. Tentamos dar uma de brasileiros no barco, usando nossos cartões de estudantes, pensando que nada iria acontecer. Daí, entram os fiscais de transporte publico e pedem nossas identificações. Só que minha carteira de estudante e a da Haryella estavam vencidas, por isso não podíamos andar em transporte publico com tarifa mais barata e o cartão da Jéssica estava vazio de créditos. Ou seja, todo mundo errado. Só que escapamos da multa uma vez que eu conversei com o fiscal, levei no papo, conversei numa boa e tudo. Daí o cara disse que adora futebol, que seu ex-técnico era brasileiro e tudo. Moleza pra nós. Mas, depois disso, não usei mais o meu cartão vencido. Hahaha! Ponto pra Austrália, fazendo a coisa certa e sempre conferindo e fiscalizando o transporte publico.
Conheci o Mount Cootha, que é como se fosse a praça do Papa em BH. A vista mais alta da cidade. E como é linda a cidade que escolhi pra morar na Austrália. Uma vista fenomenal onde dá pra ver o quão verde ela é, e ainda proporciona um linda vista das duas ilhas logo em frente de Brisbane, Moreton e Stradbroke Island, além do aeroporto, área industrial e grande parte do imenso rio Brisbane. E pra subir lá eu e a Rachel fizemos uma trilha bem bacana, de 1,5 km, onde várias pessoas faziam o mesmo. Em seguida, passamos no jardim botânico e observatório da cidade.
Como desde que cheguei aqui na Austrália nunca tinha visto se quer ao menos um Canguru, combinei com a Jéssica, Haryella e Silvia de irmos ao Lone Pine Koala Sanctuary pra poder vermos alguns bichos estranhos, além do próprio Koala e alguns Cangurus. O parquet, que funciona como um zoológico foi criado pra poder tratar de Koalas e poder preservar a espécie. Não vimos a apresentação das aves de rapina, que me disseram que é muito boa, por termos chegado um pouco atrasado, mas podemos ver o tamanho das aves e como são bonitas de perto, pois as tratadoras estavam com elas em seus braços. Mas conhecemos uma brasileira perdida sozinha por lá e já fomos logo fazendo amizade com a Renata. Os Canguros são muito figuras. Existem e várias espécies de Cangurus, mas pra mim eram quase todos iguais. Vi também o Ornitorrinco. Confesso que achei que seria do tamanho de uma foca, mas é bem pequeno. Pequeno também é o Demônio da Tazmania. Mas o bicho é feio, muito nervoso e faz um barulho aterrador. Mas os Coalas são muito bonitinhos. Parecem de pelúcia, mas a garra deles é muito forte. Até tomei um ‘peitinho’ de um quando fui tirar foto com ele.
Comprei tickets também pra ir no jogo classificatório pra copa do mundo: Austrália vs. Japão. Engraçado como as coisas são por aqui, pois australianos realmente não ligam muito pra futebol. Mesmo numa cidade como Brisbane onde fica o time campeão de futebol da Austrália. Ainda caberia mais umas 20 mil pessoas no estádio. Mas o jogo foi bem morno. Japão jogando muito mais técnico e a Austrália parecia jogar pelada das ruins. O final foi 1 x 1. Mas o mais ridículo foi o juiz apitar uma falta no final do jogo, deixar o Japão ajeitar a bola, se preparar, arrumarem a barreira, o goleiro preparado, todo mundo esperando a batida, útlima jogada da partida e…. O juíz apita o final do jogo. Que ridículo!!! Se fosse no Brasil esse juíz não saia inteiro do estádio.
Antes de falar da minha despedida, não podia deixar de falar das minhas meninas: Haryella, Graciane e Jéssica. Poxa… não poderia ter housemates melhores. Além de super atenciosas, animadas, engraçadas e carinhosas, foram companheirássas e ainda por cima, no meu ultimo dia em Brisbane, me fizeram um café da manhã, levaram pra mim na cama e ainda me deram um caderno de presente pra eu poder levar pro churrasco pra que os meus convidados e amigos pudessem assinar. Meninas, mais uma vez, amo vocês!
O churrasco em si foi muito bom! Com certeza tinham mais de 100 pessoas. Tudo bem que eramos eu a Marina e o Paulo César fazendo churrasco juntos, mas tínhamos vários amigos em comuns e só uns poucos eu não conhecia. Engraçado pensar que em menos de 8 meses eu pude conhecer tanta gente assim. Só convidados tinham mais de 200, sem contar os que não tinham facebook e que eu só convidei verbalmente. Poxa…não poderia me sentir mais feliz com tantos amigos e com tantas pessoas presentes. Queria agradecer cada um pessoalmente.
Agora é ver o que Sydney tem pra mim. Minhas amizades de Brisbane vão continuar com o passar do tempo, tenho certeza, mas novas experiências estão apenas por começar.
Logo mais tem mais.

See you!

Diário de Bordo #26 – Resumo de Maio


(Brisbane – Queensland)

Ficamos sem mais um companheiro na casa. E antes do Jorik ir embora, resolvi cozinhar um ultimo jantar em sua homenagem pra que ele pudesse ter uma boa lembraça dos seus housemates quando tivesse de volta na Holanda.
Daí entra uma moça muito figura, a Silvia. Não conseguia parar de rir de mim e da Gra e quando a gente disparava a rir, ela não aguentava e tinha que ir correndo pro banheiro fazer xixi de tanto rir.
Como a casa não dormia antes de 1 da matina e a Silvia é uma pessoa muito zen, não conseguiu seguir nosso ritmo e saiu em menos de duas semanas. Hahaha! A gente é foda!
Acreditei que as coisas no restaurante pudessem melhorar, pois começaram a me pedir pra fazer mais coisas e também pra comprar um abridor de garrafas, além do dono ter me perguntado se eu sabia trabalhar como bartender. Bom, como meu pai teve um bar e eu trabalhei com ele um ano inteiro e fazia coqueteis e drinks, sabendo a receita, estaria tudo tranquilo, uma vez que não precisava ficar jogando garrafas pra cima e ficar fazendo flair.
Porém, algumas coisas começaram a ficar meio chatas. De uma hora pra outra a gerente começou a me tratar de forma diferente e não me dizia ‘oi’ mais, era mais ríspida e só sabia reclamar. Comecei a achar que eles estava estressados por alguma coisa.
Como eu estava trabalhando no bar com outros dois bartenders, um cara e uma garota, que eram completamente retardados; não sabiam o que faziam, conversavam o tempo todo, folgavam nas minhas costas e não ajudavam hora alguma, acreditei que eles começaram a reclamar, uma vez que eu dizia não varias vezes pra eles. Aqui tem muito australiano assim. Eles podem dizer não, mas se ouvirem um não ficam P da vida. Comigo não! Não sou escravo de ninguém aqui.
Em consequência, passei a conversar mais com os meus verdadeiros amigos dentro do restaurante e que já haviam trabalhado em hospitalidade e serviços anteriormente e em outros países. Conclusão foi que ali, naquele restaurante, estavam fazendo muita besteira. Principalmente na gerência. O pessoal só queria saber de beber nas costas do dono, dar bebida de graça pra alguns clientes e o dono que é mais bobo ainda, nem sabia o que estava acontecendo.
Pelo que eu estava vendo aqui como as coisas aconteciam, parece que o sistema de serviço australiano em hospitalidade é resumido em “pressa”. Se você não fizer nada com pressa não é um bom serviço. Isso é muito idiota. Pois colocavam toda a equipe em stress e todo mundo começava a fazer bobagem.
Até que determinado dia, depois de tanto me encherem o saco e se acharem o máximo, resolvi sair no meio do trabalho sem dar nenhuma satisfação. Vim aqui pra estudar ingles e ter uma experiência bacana. Não acho que precisamos ficar nos sujeitando a má educação e super auto-estima de certos australianos. Principalmente porque eu sabia que eu fazia um trabalho excelente e que se eu não estivesse fazendo ou se eu parasse de fazer, o trabalho no bar ia virar uma bagunça. Daí, se acham que era tão fácil ou que eles não precisavam mais de mim, talvez devessem sentir um pouco como seria contar com o trabalho e não ter alguém bom o suficiente pra faze-lo. Deve ser por isso que a rotatividade de funcionários no restaurante é tão alta. Acho que gostam de gente que não trabalha. Por isso. Saí fora!
Mas, de tudo o que acontece por aqui na Austrália, tem sempre algo melhor que no Brasil. Um exemplo é o fato de que determinadas construções que necessitam usar parte da rua ou até mesmo interrompê-la são feitos à noite, quando o tráfego é bem menor ou quase nulo. Uma coisa muito inteligente e que o Brasil deveria aprender e usar com eficiência. Determinadas coisas me dão até vergonha. Pois me lembro do tempo que ficava parado na avenida Cristiano Machado enquanto estavam construindo o elevado Jacuí.
Porém tem seu lado ruim também se você está na vizinhança pois fizeram um barulhão danado pra poder montar o festival da Caxton Street que é na esquina da minha casa. Rolou festa o dia todo neste dia de domingo de festival. Muita comida, bebida, shows, competições….mas só vi em foto que a Jéssica e a Alice me mostraram, pois como fecharam a rua e eu tinha que trabalhar, tive que dar a volta no quarteirão pra poder ir pro trabalho. Foda!
Falando em festival, eu e a Haryella fomos no aniversário do Budah. Fizeram um festival em South Bank que comemorava o aniversário do Budah e mais sobre costumes asiáticos. Muito legal poder ver algumas danças típicas, roupas e a própria cultura.
De um festival pra outro, fui com a Rachel pro festival Grego, que estava rolando em South Brisbane, em frente ao Clube Grego que trabalhei no ano passado e comentei sore casamento grego e tudo. Muita comida e danças típica também, só que grego não é como asiático, então, dessa forma, também muito mais barulhento. Hahaha!
Bom, nesse meio turbulendo de final de abril e maio tive que voltar a estudar de acordo com o meu visto. Daí, depois de ter faltado dois dias na nova escola, a Viva, que também fica na cidade, começo a estudar num novo curso, o IELTS. Não tenho nem muito pra falar, apenas: CHATO PRA CACETE. Só fiz pois antes de vir pra cá tinha escolhido este curso pra fazer, mas que durante meu tempo na Browns, acabei optando por fazer o Cambridge. O IELTS só serve pra quem quer fazer o teste que leva o mesmo nome e que é o mais importante caso você queria estudar em universidade na Austrália ou entrar com pedido de cidadania/residencia junto ao departamento de imigração australiano. Se não….nem chegue perto. Chato. Muuuuito Chato! No entanto, a escola tem uma estrutura muito bacana e ótimos professores. Mas como fiquei muito pouco tempo, não tenho muito mais pra comentar.
Num dia em que estava de folga e puto com o trabalho, resolvi tomar umas com meu amigo Valério, que era o Bar Manager do Cabiria, o bar que fica ao lado do restaurante que eu trabalhava e que é do mesmo dono. Fomos beber umas e falar mal do trabalho, pois ambos estávamos putos da vida. Quando disse a ele que eu estava de mudança pra Sydney, o mesmo se empolgou e disse que estava com esta idéia, pois estava ficando cheio de trabalhar num lugar onde o próprio dono não está nem aí com o negócio que tem. Então, pra comemorar, resolvemos festejar no Down Under. Combinamos que conversaríamos mais sobre o assunto e que começaríamos a olhar as coisas pra acharmos um apartamento em Sydney além de trabalho e contatos.
Tive uma experiência muito ruim que não desejo pra ninguém que está longe da família. No mês de maio, enquanto vârias coisas estavam acontecendo comigo e planejando as coisas pra ir pra Sydney, recebi a notícia de que meu padrinho havia falecido. E a pior parte é quando nunca estamos esperando receber uma notícia dessas. Estar ou não no Brasil não iria mudar nada no acontecido. Mas estar longe da família e não poder dar um abraço, poder falar com a família, dizer e ouvir palavras que pudessem confortar, é muito ruim. Fiquei muito mal por não estar por perto. Isso eu não desejo pra ninguém.
Logo mais tem mais.

See you!

domingo, 3 de junho de 2012

Minha vigésima quinta semana na Australia: Ponto mais ao Leste da Austrália



(Brisbane – Queensland)



Diário de bordo 25


Combinei nesta semana de ir pra Byron Bay com a Mélanie. Como estavam acabando minhas férias, decidi que precisava fazer mais algumas coisas antes de voltar a estudar. Daí, como a Caroline ainda estava morando por lá, ficamos tentando fazer contato com ela pra poder nos encontrar e nos divertir um pouco.
Acordamos na terça-feira, mas com uma chuva muito chata. Decidímos que iríamos mesmo assim, pois cada um já tinha pagado $70 pelo transporte pra nos levar até lá. Bom, no final das contas, sempre rola de fazer alguma coisa do que ficar fazendo nada em casa.
Em Byron o tempo até que não estava tão ruim, apesar de não ter sol também, mas pelo menos não estava chovendo.
Enquanto tentávamos fazer contato com a Caroline, ficamos curtindo o visual da praia. Daí, como ela não atendeu, resolvemos dar uma volta pela cidade, que é bem pequena, e conhecer um pouco mais.
Como o tempo ainda estava colaborando, resolvemos fazer uma trilha que nos leva até o Farol, ponto mais ao leste do ilha principal da Austrália. Excepcional a vista de lá.
Tivemos alguns problemas pra achar um local pra passar a noite, pois queríamos algo não tão caro mas que fosse no coração da cidade, daí fomos numa agência que marca pousada para mochileiros que chegam por lá e a sorte é que com um atendente que fala português, ficou mais fácil pra trocar uma idéia com o cara.
Conseguimos falar com a Caroline já era noite, daí ela chamou a gente pra ir tomar umas na casa dela, pois um de seus amigos estava aniversariando, pra depois irmos pra uma balada.
O legal de Byron é que é uma cidadezinha com um astral muito legal. Tem sempre gente do mundo todo, lotada de backpackers, o que faz a população flutuante da cidade ser maior que a fixa. Daí, as baladas são fixas dependendo do dia da semana.
Após um breve aquecimento na casa da Carol, fomos para o Cheek Monkey, que é um restaurante, mas à noite vira uma balada onde as pessoas ficam em cima das mesas para dançar, uma vez que o local é pequeno e não tem pista de dança. Muito alternativa e com um astral muito legal.
No dia seguinte voltamos pra Brisbane pois eu tinha um compromisso do restaurante: degustação de comida; estavamos para provar todo o novo cardápio.
Em Byron o meu celular descarregou, de novo, e não conseguia ligar de jeito nenhum, mesmo dando uma carga. Fiquei muito puto e comecei a procurar um iPhone pra comprar. Mas…apesar de todo o esforço, resolvi prorrogar esta vontade de trocar de celular assim que o meu voltou a funcionar. Agora é não deixar morrer a bateria novamente.
Quinta-feira saí com amigos do trabalho e outros da ex-escola. Fazendo uma via sacra entre Peasant, The Fox e The Victory. Resultado, cheguei em casa às 6 da manhã. Bom…tinha que aproveitar minha última semana de férias.
Quando chego no trabalho e começo a fazer minhas coisas, vejo que a galera estava estranha e me enxendo a paciência, reclamando toda hora e só falavam merda. Comecei a ficar muito puto no trabalho e com preguiça de uma galera folgada que estava trabalhando lá, que só sabia puxar o saco da gerente e não fazia nada a não ser conversar e querer mandar. Daí, após o trabalho, eu e o Cris resolvemos tomar umas na varada da minha casa e conversar sobre os problemas do restaurante.
Comecei a achar que este pessoal é muito folgado e não sabe nada sobre atendimento a cliente e serviços.
No domingo, acordo com um barulho muito alto vindo da rua. Acordo e vejo que a porta esta aberta. Quando olho pra rua vejo que a Haryella e a Graciane estavam do lado de fora, vendo um monte de torcedores indo pro estádio. Era dia da final de Futebol do campeonato Australiano: Brisbane vs. Perth. Bonito foi ver que as torcidas, apesar de se provocarem, estavam dividindo o mesmo espaço sem brigas. Isso nunca aconteceria no Brazil. O resultado final foi a vitória de Brisbane Roar!!! Aee!!!!
Dia seguinte seria volta as aulas. Tinha que me preparar.
Logo mais tem mais!

See you!