No ultimo diário de bordo, relatei que eu já
estava morando num Backpacker onde o meu amigo Valério havia encontrado vaga e
um quarto só com dois lugares.
A questão é a seguinte: na maioria dos albergues
encontram-se pessoas que estão apenas de passagem, querem acomodações baratas,
possibilidade de fazer amizades e uma localização que possa lhes dar a
oportunidade de se locomover na cidade com o menos custo possível. Além do que,
por conta desses detalhes, a maioria dos quartos são pra de quatro a oito
pessoas no mesmo espaço. Existem albergues com mais dez camas no mesmo
dormitório. Barato! Mas muita gente.
Bom, estávamos morando na Kings Cross, o que eu
posso comparar com uma mistura de Guaicurus com a rua Piuhm-i, se fosse em BH.
Ou seja, um lugar com muitos bares e baladas, mas também com muitas, digamos,
moças-a-trabalho. No entanto o albergue onde estávamos morando ficava na rua de
trás da bagunça e às vezes nem percebíamos que estávamos morando no meio de
tanta bagunça devido ao sossego daquela rua.
Escolhemos um quarto em que pudéssemos ter
privacidade e local para descanso, uma vez que ambos já estávamos trabalhando e
com foco em Sydney.
Mas como a diversidade é muito grande e a maioria
das pessoas ali estão de passagem pra conhecer a cidade e em seguida continuar
a viagem, tem programação todos os dias. Todo o dia à noite tinha uma balada
pra ir. Sempre com entrada gratuita e uma bebida gratis.
O ponto positivo nisso tudo é o fato de que o
albergue é um ambiente social em que podemos conhecer um mundo de gente
diferente e ainda fazer boas amizades.
Mas acontece de tudo: gente chegando bêbada de
madrugada, trocas de quartos no meio da noite, festas privadas em outros
quartos, comemorações das vitórias durante as Olimpíadas, cozinhando
comunitariamente, briga com expulsão de um dos moradores, ambulância para
socorrer uma garota passando mal… isso tudo em apenas 5 semanas morando no
Backpacker.
Intenso! Mas é tempo suficiente pra se viver em um
albergue. Mais que isso é loucura eu acho. Mas uma experiência muito válida,
ainda mais pela diversidade cultural.
Só fui falar português dentro do albergue com a
chegada do meu primo aqui em Sydney, que veio pra ficar no mesmo local até
encontrarmos uma casa pra morarmos.
Mas isso é história pro próximo capítulo.
Logo mais tem mais.
See you!
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